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A menina que roubava livros

Alemanha.


Segunda Guerra Mundial.


Milhares e milhares de pessoas mortas.


Morte.


Liesel Meminger escapou dela três vezes e ainda ganhou sua simpatia para que a própria, a morte, contasse a sua história para nós.


O Best-seller de Markus Zusak editado pela Editora Intríseca, e que no dia 17 de janeiro chega aos cinemas com roteiro adaptado por Michael Petroni e direção de Brian Percival, relata a história de Liesel Meminger, vivida pela atriz Sophie Nélisse.


Liesel é uma menina de nove anos que é levada pela mãe, junto com seu irmão, para morar na Rua Himmel, na cidade de Molching, nos arredores de Munique.


Durante o trajeto, o irmão de Liesel morre e no seu enterro a menina rouba seu primeiro livro: O Manual do Coveiro.


Liesel, então vai morar com um casal: Hans e Rosa Hubermann. Ele, um pintor desempregado que conquista a menina tocando seu acordeão, e ela uma senhora muito rabugenta que só demonstra afeto nos momentos de crise.


Na casa ao lado mora Rudy Steiner, o melhor amigo, primeira paixão, parceiro de roubos, que sempre pede um beijo da menina. E que sempre tem seu pedido negado.


Todas as noites Liesel é atormentada por pesadelos sobre a morte de seu irmão. A terapia é ler, com a ajuda de seu pai, seu primeiro livro roubado.


Assim começa seu amor pelas palavras, que só pode ser saciado com roubos de vários livros ao longo da narrativa. Sua principal fonte para os roubos é a biblioteca do prefeito.


Uma noite, um homem aparece na casa de Liesel pedindo ajuda a seu pai. É um judeu. Max Vandenburg.


Max é filho de um ex-companheiro de guerra de Hans. Ele morreu e Hans herdou seu acordeão e a promessa de um dia ajudar se a viúva precisasse. O dia chegou e a família alemã abrigou o judeu no porão.


Hans, Rosa e Liesel se comprometeram a guardar segredo sobre a presença de Max, e isso deixou Liesel desconfortável.


Max também tinha pesadelos. Sonhava com o Fuhrer. Sua terapia foi escrever um livro que deu de presente para Liesel em seu aniversário. Assim se tornaram amigos. Através das palavras.


A guerra estava a todo vapor e Max não podia mais arriscar a vida daquela família. Então ele fugiu. Liesel só o viu de novo quando ele marchava para o campo de concentração de Dachau.


Hans foi pra guerra. A Rua Himmel foi bombardeada.


Nem todos os livros que tinha, a menina roubou. Alguns ela ganhou de seus pais. Outro ela ganhou do judeu. Outro ela escreveu contando sua própria história, e esse a morte encontrou e fez questão de contar pra gente.


“Quando a morte conta uma história, você deve parar para ler”.




Por Nicole Rodrigues

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